domingo, 16 de dezembro de 2012

Festa de Natal no Amar e Proteger2 /2012

A Festa foi um sucesso graças a Deus e ao empenho da equipe para fazê-la acontecer. Muito obrigada a todos e também aos nossos voluntários e colaboradores que noa ajudaram muito nesta realização.


















domingo, 4 de novembro de 2012

Porque as pessoas mentem?

Artigos
Porque as pessoas mentem?
14/05/2012


 Muitos especialistas afirmam que é impossível passar um dia inteiro sem mentir e que todas as
 pessoas mentem. De acordo com alguns estudos, mentimos pelo menos duas vezes a cada dez
 minutos de con­versação; 25% das vezes em que falamos.

O mestre em Psicologia e aluno especial do Programa de Doutorado em Ciências da Reabilitação 

com ênfase em Neuropsicologia do Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais da
 Universidade São Paulo (HRAC-USP), Rui Mateus Joaquim, explica que até é possível que alguém
 passe o dia todo sem mentir, contudo, o contrário - não passar se­quer um dia sem mentir - é algo 
extremamen­te comum. "Não necessariamente inventamos algo, porém, omitimos fatos ou, às vezes,
 nega­mos com a boca sentimentos que experimen­tamos durante uma conversa." Ele alerta, 
no entanto, que mentimos com as palavras, mas nosso corpo e microexpressões faciais deixam 
escapar sinais emocionais contraditórios da­quilo que elaboramos no discurso.

Mas, por que as pessoas mentem?  Para o psiquiatra, integrante da Associação Brasileira de

 Psiquiatria (ABP), William Dunningham, as mentiras fazem parte do desenvolvimento e da
 aprendizagem infantil como subterfúgio para a fuga de castigos, a obtenção de recom­pensas, 
o reforço de sua independência ante os pais e a criação de um mundo interior. Em outro
 estágio, a mentira passa a ser uma es­tratégia natural da comunicação humana, um recurso 
social, às vezes justificável, dependendo dos danos que uma  verdade pode causar.  "Os
 adultos também fazem uma leitura parti­cular do mundo alterando a realidade, às ve­zes.
 recorrendo a mentiras para obter. manter ou evitar alguma coisa”.

O especialista em Neuropsicologia,  Rui Mateus, concorda: "mentimos para esconder ou para 

conseguir algo. Muitos organismos se utilizam de táticas de dissimulação com­portamental em 
suas atividades predatórias  ou de defesa. Penso que a origem da men­tira esteja intimamente 
associada à evolução e surgimento  do neocórtex humano (região do cérebro mais recentemente 
evoluída) e sua extraordinária capacidade  de abstração e re­presentação simbólica. Manipular 
elementos abstratos. concatenar lógicas sobre os eventos da vida. ser sensível à suas 
consequências e planejar estratégias verbais de ação para minimizar  possíveis danos requer 
um sofisticado nível de processamento da informação; re­quer um cérebro humano. 
A mentira. às vezes. ocorre por uma necessidade de ser educado. Aprendemos a mentir
 educadamente, por exemplo. quando ganhamos um presente que odiamos e respondemos 
“Que lindo. adorei. muito obrigado ",  esclarece Rui Mateus.

 QUANDO O ATO DE MENTIR PODE SER UM PROBLEMA

 A mitomania é a tendência compulsiva para mentir. “Comumente, as mentiras dos 

mitomaníacos estão  relacionadas a assuntos específicos, no entanto, podem ser 
ampliadas e atingir outras questões em casos considerados mais graves. Por exemplo, 
um adolescente cujo pai o maltrata pode inventar para os colegas que a sua relação com 
o pai é boa e divertida. Contando sobre passeios e conversas amistosas que nunca existiram. 
Justamente pelos mitômanos não possuírem consciência plena daquilo que  comunicam por 
meio da palavra, costumam iludir os outros em histórias de fins únicos e práticos com o intuito 
de suprirem aquilo que falta em suas vidas", elucida o psiquiatra, William Dunningham.

 Atualmente, a Psiquiatria e a Psicologia não reconhecem mais a mentira como um transtorno 

em si. Porém, este comportamento associado a outros sintomas ajuda a identifi­car transtornos
 mentais importantes. Do pon­to de vista da Psicopatologia, alguns tipos de transtornos
 psiquiátricos fazem do comporta­mento de mentir um ato compulsivo.

"Neste sentido, a mitomania pode ser considerada uma síndrome mental grave, 

que ocorre mais frequentemente em transtornos de personalidade (antissocial, 
histriônica, bor­derline, etc], nas dissociações histéricas graves, em retardo mental
 leve e em quadros maníacos do transtorno bipolar, sendo necessário que os 
indivíduos recebam a devida atenção por parte dos amigos e familiares", reforça William.

O psicólogo Rui Mateus Joaquim fala sobre alguns destes transtornos:
Transtorno de Personalidade Limítrofe (TPL), também muito conhecido como Transtorno 

de Personalidade Borderline (TPB): É definido çomo um grave transtorno de personalidade 
caracterizado por desregulação emocional, raciocínio extremista e relações caóticas.
 “Vão de um extremo ao outro muito rápido. Em um dia são os meIhores amigos; no 
outro os piores inimigos. O transtorno é mais comum em adolescentes. Por que mentem?  
Buscam ocultar as consequências dos atos de sua identidade instável";

Transtorno de Personalidade Antissocial: É caracterizado pelo compor­tamento impulsivo 

do indivíduo afetado, desprezo por normas sociais e indiferença aos direitos e sentimentos
 dos outros. "Não sentem remorso, não internalizam regras sociais ou legais e não zelam 
pela própria segurança e a dos outros. Por que mentem? Assim sentem prazer, tiram vantagem
 pes­soal e também fogem de obrigações:

Transtorno de Personalidade Histrionica: Distingue-se por um padrão de emocionaIidade

 excessiva e necessidade de chamar atenção para si mesmo. ‘Precisam estar sempre nos 
centro das atenções. Para isso, usam artimanhas sedutoras. Quando rejeitados, partem 
para o drama. Por que mentem? Isso atrai a atenção dos outros em relatos dramáticos
 (e inventados)’;

Transtorno da Personalidade Narcisista: Se estabelece por um padrão invasivo de 

gran­diosidade, necessidade de admiração e falta de empatia. "Acham que são superiores
 e usam todos os meios para parecerem os maiorais. Por que mentem? Aumentando suas 
realizações, os narcisistas garantem a fama, a glória e a admi­ração que eles acreditam merecer."
 O psicólogo volta a afirmar que mentir é uma defesa psicológica, um mecanismo adap­tativo 

adquirido pela espécie em sua história evolutiva e, por isso, não há um tratamento para a
 mentira. Contudo, quando a mentira aparece como elemento importante em vários tipos de
 transtornos de personalidade esses, sim, devem ser tratados.

 De acordo com o psiquiatra William Dunningham, o tratamento do indivíduo consiste na 

implementação de cuidados que associam o tratamento psiquiátrico do trans­torno 
mental subjacente a um acompanha­mento psicoterapêutico, que vise à expansão da 
consciência, o fortalecimento do self (o eu, o si mesmo), e o aumento da autoestima. 
"Dentre os diversos tipos de Psicoterapia, a Psicoterapia Centrada na Pessoa, criada por Carl
 Ranson.

Rogers (1902/1987) e a Tera­pia Cognitivo-comportamental costumam ter efeitos mais 
consistentes e duradouros. É importante nunca negar à pessoa o acesso à Psicoterapia,
 sendo este a chave para a remis­são, até mais importante que o tratamento psiquiátrico stricto
 sensu", considera William.

 Rui Mateus acrescenta que os transtor­nos de personalidade citados anteriormen­te por 

ele apresentam diferentes motivos para o comportamento de mentir, confor­me as características 
próprias do transtorno. "Entretanto, há algo em comum entre eles; todos os motivos devem 
produzir, na maioria das vezes, consequências positivas para quem mente. Ocultando as 
consequências desas­trosas, o indivíduo afasta as consequências negativas, como a pena 
que seria imposta, a inimizade de alguém etc., e, às vezes, atrai coisas boas como a atenção
 das pessoas, ad­miração etc. Sob a ótica da análise do com­portamento, mentir é extremamente 
reforça­dor. O Behaviorismo Radical de Skinner (B. F. Skinner, um dos maiores psicólogos do século XX), 
demonstrou que a
 frequência e a manu­tenção do comportamento dos organismos dependem das 
consequências e dos efeitos produzidos por este comportamento."

Mentirinha de criança

Mentir é, na maioria das vezes, uma fonte de reforço admirável. Segundo o psi­cólogo, 

Rui Mateus, há estudos que relacio­nam competência social das crianças com habilidade 
em mentir. "Crianças começam a distinguir entre uma emoção real e uma emoção aparente 
durante a fase pré-esco­lar (3-4 anos), embora façam isso de manei­ra rudimentar, visto
 que crianças nesta ida­de ainda têm dificuldades de verbalizar seu entendimento sobre o
 porquê percebem uma emoção como real ou não. Por volta dos seis anos, elas são 
capazes de relatar quando e porque precisam mentir e já co­meçam a compreender como
 esse compor­tamento pode afetar as pessoas.
Entre dez e 11 anos, as crianças se tornam mais capazes de controlar suas expressões 

faciais e outros fatores envolvidos na interação social: Embora o psiquiatra William consi­dere
 que entre os três e os sete anos seja normal que a criança misture realidade com fantasia,
 as mentirinhas proposi­tais que surgem para livrar a criança do que ela não quer fazer ou a
 ajudam a fugir de uma responsabilidade, devem ser combatidas com firmeza, calma e amor. 
"Não se deve castigar ou chamar uma criança de mentirosa, mas é preci­so que os pais 
conversem com ela para descobrir porque a verdade foi camufla­da e qual a origem da mentira."

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Feliz Aniversário para Fernanda Freitas

No dia 18 de Agosto Fernanda Freitas, orientadora do Amar e Proteger2 e Atriz completou mais um ano de vida e toda equipe do Amar e Proteger2 deseja a você Fernanda muitas felicidades....Grande beijo.